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Procurador-geral da República, apenas um dia depois de anunciar uma possível anulação da delação da JBS, escancarando seus erros, resolve denunciar ao Supremo o ex-presidente Lula, Dilma, ex-ministros e outros petistas por "organização criminosa". Para Janot, eles teriam formado uma quadrilha para desviar dinheiro da Petrobras de 2002 a 2016
Por Redação
Bombardeado de críticas e centro do noticiário desde a noite desta segunda-feira (4), após convocar uma coletiva "surpresa" para anunciar uma revisão da delação da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, resolveu, apenas 24 horas depois, denunciar ao Supremo Tribunal Federal o ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff por organização criminosa. Uma boa jogada para quem teve seus erros expostos e está em descrédito.
Além de Lula e Dilma, foram denunciados pelo PGR os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, além da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar, e os ex-tesoureiros do PT João Vaccari e Edinho Silva.
Para Janot, os denunciados teriam formado uma quadrilha desde 2002, quando Lula assumiu a presidência da República, e atuado até 2016, quando Dilma sofreu o processo de impeachment, desviando dinheiro da Petrobras. O resumo da denúncia é que o PT, basicamente, assumiu o poder para assaltar o país.
"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande número] de delitos, em especial contra a administração pública em geral", sustentou.
Caberá agora ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, notificar os acusados a apresentarem resposta e levar o caso à Segunda Turma do STF, que decidirá se eles viram ou não réus.
Confira aqui a íntegra do despacho do procurador.