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"Isenção" foi um dos critérios para a escolha de Bonifácio Andrada (PSDB-MG) como relator para analisar a segunda denúncia de Temer na Câmara. Presidente da CCJ, que o escolheu, disse que não sabia como Andrada votou na primeira denúncia
Por Redação
A análise da denúncia por organização criminosa e obstrução da justiça de Michel Temer na Câmara já tem relator. Será Bonifácio Andrada (PSDB-MG). Na votação da primeira denúncia de Temer - por corrupção - que foi barrada pela casa, Andrada se posicionou favoravelmente ao presidente - ou seja, votou para barrar a denúncia.
A escolha do tucano, nesta quinta-feira (28), foi do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que é do mesmo partido de Temer. Segundo ele, os critérios para a escolha do relator foram "conhecimento jurídico, capacidade técnica e isenção".
Ao G1, no entanto, Pacheco revelou que não procurou saber da "imparcialidade" de Andrada, já que mal sabia como tinha votado o tucano na primeira denúncia contra Temer.
"Não necessariamente quem votou 'sim' votaria 'sim' agora e quem votou 'não' votará 'não'. Há uma nova realidade. Confio na experiência do deputado Bonifácio para tratar essa denúncia com a especifidade que ela tem", disse.
Caberá a Andrada agora formular um parecer a favor ou contra a denúncia da procuradoria-geral da República (PGR). Esse parecer será analisado pela CCJ e, depois, pelo Plenário da Casa, que é quem decidirá se encaminha novamente a denúncia para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para isso, são necessários 342 votos favoráveis ao processo.
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a denúncia deve ser votada até 22 de outubro.
Michel Temer é o primeiro presidente da história do país a ser denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução em pleno exercício do mandato.