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Antônio Cláudio Mariz de Oliveira é um conselheiro do presidente há mais de 40 anos e vai renunciar por conflito de interesses, uma vez que já defendeu o doleiro Lúcio Funaro.
Da Redação
Em cada nova atualização da situação do Governo, Michel Temer parece se complicar ainda mais. Desta vez, foi o seu advogado, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, quem decidiu abandonar o barco.
Em decisão já comunicada em reunião na casa do presidente, em São Paulo, no último dia 15, Mariz decidiu renunciar à defesa de Temer – inclusive teria apresentado três nomes de possíveis substitutos para ele. O motivo da saída é o conflito de interesses, uma vez que o advogado criminalista já defendeu um dos delatores do presidente, o doleiro Lúcio Funaro.
Como já é sabido, as revelações de Funaro são base da segunda denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, por organização criminosa e obstrução de Justiça. Foi Mariz quem ajudou Temer a se livrar da primeira denúncia da PGR, por corrupção passiva. Inclusive, tentou de todas as formas pedir a suspeição de Janot, sem sucesso.
Além de fazer parte da defesa, Mariz vinha atuando, também, como conselheiro do presidente, principalmente depois que ele virou alvo da PGR, após denúncias dos executivos da JBS. Segundo o Estadão, ele havia alertado Temer sobre partir para o ataque à Janot, entre a primeira e a segunda denúncia.
Mariz foi advogado de Lúcio Funaro até o final de junho de 2016. Em julho, o doleiro foi preso durante a Pperação Sépsis, que investiga desvios milionários de recursos do Fundo de Investimentos do FGTs (FI-FGTS). Segundo a Procuradoria, num esquema comandado pelo ex-deputado Eduardo Cunha. Mariz deixou a defesa de Funaro porque ele dava sinais de que faria acordo de delação premiada, prática que o advogado rejeita.
*com informações do Estadão
Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil e Beto Barata/PR