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Como tem acontecido quase sistematicamente, uma notícia positiva do ex-presidente é sempre acompanhada, na sequência, por mais uma "bomba". Desta vez, petista vira réu por corrupção passiva na Zelotes
Por Redação*
Já há uns bons meses que toda notícia positiva que gira em torno de Lula é abafada, logo na sequência, por uma "bomba" vinda de algum político ou da Justiça brasileira. Assim aconteceu na divulgação das últimas pesquisas de intenção de voto para a presidência em 2018 ou ao longo de sua bem sucedida caravana pelo Nordeste.
Não foi diferente nesta terça-feira (19), que amanheceu com as manchetes de que Lula lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turno para presidente, de acordo com a pesquisa CNT. Bastaram algumas horas para que, no final da tarde, a Justiça Federal de Brasília aceitasse denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o petista e contra o ex-ministro Gilberto Carvalho por corrupção passiva em um dos processos da Operação Zelotes.
De acordo com a denúncia, Lula, Carvalho e mais cinco investigados são acusados de beneficiar montadoras de veículos por meio da edição de medidas provisórias. As empresas automobilísticas, segundo os procuradores, teriam prometido R$ 6 milhões a Lula e ao ex-ministro em troca de benefícios para o setor.
A defesa de Lula nega. Em nota, o advogado Cristiano Zanin afirmou que denúncia, como as outras, faz parte da perseguição política que vem sendo praticada contra o ex-presidente.
“A inocência do ex-presidente Lula deverá ser reconhecida também neste processo porque ele não praticou qualquer ilícito. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal não tem materialidade e deve ser compreendida no contexto de lawfare [guerra jurídica, em tradução livre] que vem sendo praticado contra Lula, usando de processos e procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”, diz a nota.
*Com Agência Brasil