“Temer e Cunha tramavam diariamente queda de Dilma”, garante delator

Segundo Funaro, Cunha funcionava como arrecadador de propinas para o “quadrilhão” do PMDB, enquanto Temer atuava no núcleo político, viabilizando interesses de empresas que pagavam subornos.

Michel Temer e Eduardo Cunha (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Segundo Funaro, Cunha funcionava como arrecadador de propinas para o “quadrilhão” do PMDB, enquanto Temer atuava no núcleo político, viabilizando interesses de empresas que pagavam subornos. Da Redação* Em mais um trecho da delação premiada do corretor Lúcio Funaro, ele deixa claro o que todos já sabiam: Na época do impeachment, o então vice-presidente Michel Temer tramava diariamente a deposição de Dilma Rousseff, com o presidente da Câmara à época, Eduardo Cunha. A denúncia consta de um dos anexos da colaboração premiada do corretor, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na qual ele apresenta com riqueza de detalhes sua relação com o alto clero do PMDB e nomeia os “operadores” de Temer em supostos esquemas de corrupção. Segundo Funaro, Cunha sempre funcionou como o arrecadador de propinas para o chamado “quadrilhão” do PMDB, enquanto Temer atuava no núcleo político, viabilizando interesses de empresas que pagavam subornos ao grupo. O corretor revelou que a relação de Cunha e Temer oscilava, dependendo do “momento político”. “Na época do impeachment de Dilma Rousseff, eles confabulavam diariamente, tramando a aprovação do impeachment e, consequentemente, a assunção de Temer como presidente”, disse Funaro. *Com informações do Estadão Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas