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Pimenta Neves, que assassinou Sandra Gomide com tiros nas costas, ficou menos de 20 anos preso.
Da Redação
Em julgamento que envolve o ex-ministro José Dirceu, o primeiro a votar foi o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato. Ele acatou o pedido do Ministério Público Federal para a execução provisória da pena de Dirceu e, foi além, aumentando a condenação para 41 anos e 4 meses. Votou também para elevar para 40 anos a de João Vaccari e para 33 anos a de Renato Duque.
Durante o voto, Gebran manteve a condenação de Dirceu para os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Por outro lado, decidiu ampliar a pena alegando entender que as condutas ilícitas do ex-ministro não podem ser consideradas como uma só e, por isso, as punições devem ser somadas.
Atualmente, José Dirceu tem 71 anos e, caso seja encaminhado para essa pena de quatro décadas, seria quase que uma pena perpétua. Pimenta Neves, que assassinou Sandra Gomide com tiros nas costas ficou menos de 20 anos preso. Atualmente está em regime aberto, em liberação do STF por “bom comportamento.
Outro caso notório é o de Guilherme de Pádua, que espancou e assassinou a atriz Daniella Perez, filha da autora de novelas Glória Perez. Ele foi condenado a 19 anos de reclusão, atualmente está solto e sua pena foi extinta.
Gebran citou as delações de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e dos operadores Milton Pascowitch e José Adolfo Pascowitch, que acusam Dirceu de receber propina da Engevix, por meio de contratos e de reformas em dois imóveis do ex-ministro. Os pagamentos também serviriam como contrapartida ao apoio político de Dirceu à manutenção de Renato Duque na diretoria de serviços da Petrobras.
"Há prova direta e prova material do recebimento do ilícito", disse o desembargador, para quem a "corroboração mútua" de declarações de colaboradores em circunstâncias diversas, pode ser usada como fundamento para uma condenação.
Roberto Podval, advogado de Dirceu, afirmou que as acusações contra o ex-ministro "não fazem sentido" e criticou as condições em que fez a defesa no processo.
Este julgamento está sendo conduzido pela 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região), em Porto Alegre, responsável pelos julgamentos em segunda instância dos casos da Lava Jato, julgados por Moro na Justiça Federal do Paraná.
O colegiado também é formado pelos desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus, que até as 19h00 não haviam votado. Até o momento, apenas com o voto do relator, não há resultado final para o julgamento.
*com informações do UOL e Brasil 247
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil