Escrito en
POLÍTICA
el
Caso anulado o acordo, os delatores perderiam os benefícios e ficariam presos, mas as provas que produziram, até contra eles mesmos, continuariam a valer. Com a anulação, todas elas seriam, em tese, invalidadas.
Da Redação*
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, a defesa dos delatores da J&F tem pouca esperança de manter a delação deles integralmente em pé. Se a repactuação dos benefícios com a PGR (Procuradoria-Geral da República) não evoluir a contento, a saída para Joesley Batista (foto) e Ricardo Saud, entendem advogados criminalistas, seria partir para o tudo ou nada e tentar anular todo o processo.
Um dos caminhos alternativos, da rescisão do acordo apenas, seria o inferno: os delatores perderiam os benefícios e ficariam presos, mas as provas que produziram, até contra eles mesmos, continuariam a valer. Com a anulação, todas elas seriam, em tese, invalidadas.
Um dos fatores que poderia levar à anulação seria a contaminação de todo o acordo pela confirmação de que o procurador Marcello Miller atuou ativamente na negociação, orientando inclusive gravações e coletas de provas. Até agora, Joesley e Saud seguem negando que isso ocorreu, dizendo que ele deu apenas orientações gerais sobre tratativas de colaboração.
Curiosamente, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do acordo de delação da J&F, foi flagrado em um bar de Brasília, na noite deste sábado (9), com Pierpaolo Bottini, advogado de Joesley Batista. Os dois foram fotografados e a imagem viralizou.
*Com informações da coluna de Mônica Bergamo
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil