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O PCdoB da Bahia, que teve a vereadora Aladilce Souza acusada de planejar a ovada no prefeito de São Paulo, João Doria, soltou nota nesta terça-feira dando a sua versão. Leia abaixo.
Da Redação
O PCdoB da Bahia, que teve a vereadora Aladilce Souza (foto) acusada de planejar a ovada no prefeito de São Paulo, João Doria, soltou nota nesta terça-feira dando a sua versão. Leia abaixo.
Nota:
O prefeito de São Paulo acusou a vereadora do PCdoB de ter organizado a “ovada de que foi alvo”. Não é verdade. O ato realizado na noite do dia 07/08 foi organizado formalmente pela Frente Brasil Popular da Bahia, com convocatória amplamente difundida nas redes sociais, e conduzido na oportunidade por membros da coordenação da referida Frente.
A manifestação tinha objetivo claramente definido: protestar contra a entrega do título de cidadão soteropolitano a uma pessoa que não tem nenhum serviço prestado à cidade, o que se exige para o recebimento dessa homenagem. E durante o ato foi repetido seguidas vezes que aquele que manda despejar jatos de água fria em moradores de rua, que manda derrubar casarões com pessoas pobres dentro, que manda invadir ocupações com espancamento de mulheres, idosos e crianças, não merece tamanha honraria. Foi lembrado também que Doria, quando presidente da Embratur, no governo Sarney, propôs transformar a miséria do nordeste em atração turística – um verdadeiro escárnio contra a povo da região.
É necessário esclarecer a opinião pública o que até agora não foi divulgado. A tal “ovada” que atingiu o prefeito não foi uma iniciativa que veio do nada. Enquanto acontecia a manifestação de maneira pacífica, cerca de 60 capangas contratados pelo prefeito ACM Neto (da mesma tradição do avô) receberam ordens para invadir a área dos manifestantes para tomarem na marra o Nano Trio (uma mini trio elétrico) trazido pela Frente Brasil Popular.
Neste momento dezenas de jovens, mulheres e idosos foram covardemente espancados pelos prepostos do prefeito, tendo um deles quebrado a perna. E essa milícia particular soltou bombas, gases, socos e pontapés, provocando um verdadeiro terror, típico dos períodos da ditadura. Foi aí que surgiu espontaneamente de alguns manifestantes a iniciativa de revidar jogando ovos, um dos quais atingiu o prefeito que veio fazer campanha eleitoral quando deveria estar trabalhando.
Registramos nosso repúdio ao prefeito de Salvador pela violência característica de seus métodos de fazer política e as bravatas de Dória contra nossa a vereadora. Aladilce tem um mandato a serviço dos trabalhadores, contra a venda da cidade a interesses empresariais patrocinada por ACM Neto e em defesa da democracia. Portanto conta com nossa integral solidariedade.
Salvador, 08/08/2017