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Durante a entrevista, seguiu negando que possa renunciar ao cargo. "Não vou deixar não, porque se eu deixar, vai parecer que estou confessando culpa".
Da Redação
Enquanto se esquiva de acusações, promovendo a farra das emendas parlamentares, Michel Temer segue seu mantra de negação, tanto em discursos quanto em entrevistas. Desta vez, o presidente foi entrevistado por Kennedy Alencar do SBT e entre outros temas, falou sobre a compra do silêncio de Cunha, renúncia e seus encontros noturnos.
"Acho que precisa acabar com essa história de você não poder conversar com as pessoas. Quem fala que dez horas da noite é tarde, deve ser porque trabalha até às seis e acha que depois das seis ninguém pode trabalhar", rebateu.
Reuniões fora da agenda já viraram rotina do presidente. Entre eles, o ministro do STF Gilmar Mendes, o presidente da Câmara Rodrigo Maia e até a nova procuradora-geral do República, Raquel Dodge. "Eu vou acabar com essa cultura. Eu converso com quem eu quiser, na hora que eu achar mais oportuna e onde eu quiser", finalizou.
Na corda bamba desde que tomou o lugar da ex-presidenta Dilma Rousseff, Temer segue negando a renúncia. "Fernando Henrique (Cardoso) teve a delicadeza de falar comigo: 'Seria melhor você deixar'. Eu falei: 'Não vou deixar não, porque se eu deixar, vai parecer que estou confessando culpa'", insistiu.
Sobre a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, mostrou uma atuação digna do prêmio Framboesa de Ouro, aquele dos piores filmes do ano. "No primeiro momento, eu até falei: 'Será?'. Como a conversa tinha se dado há muito tempo atrás. 'Será que eu disse isso mesmo?'. Seguiu dizendo que era poderia até ter dito mesmo. "Se ele me dissesse isso, eu diria: 'Faça isso'. Muito provável. Não para comprar o silêncio, mas para ajudá-lo", concluiu.
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