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Prefeito tucano de São Paulo também afirmou que ainda não é o momento de se intensificar as conversas a respeito de candidaturas para 2018.
Da Redação*
O tucano João Doria revelou, na noite desta quinta-feira (10), que recebeu sondagens do PMDB e do DEM para mudar de partido e concorrer à presidência da República em 2018 por uma dessas siglas. O prefeito de São Paulo, que está há apenas sete meses em seu primeiro mandato eletivo, no entanto, desconversou a respeito dos seus planos para o próximoa ano. Além disso, apesar das evidências em contrário, ele disse que evita entrar em uma disputa com seu padrinho político e virtual presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
"Não tenho nenhuma intenção de deixar PSDB. As portas foram abertas, vamos chamar assim, tanto do DEM quanto do PMDB, com o que fico muito feliz", afirmou o prefeito, durante evento de uma empresa de arquitetura em São Paulo, lembrando que os dois partidos fazem parte de sua base de apoio.
Na última semana, Doria recebeu acenos de políticos dos dois partidos. Na segunda-feira, foi chamado de "parceiro" e "companheiro" pelo presidente Michel Temer (PMDB), durante uma agenda pública. No dia seguinte, foi acompanhado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a uma cerimônia na capital baiana, onde recebeu o título de cidadão soteropolitano e foi atingido por um ovo, atirado por manifestantes. Questionado se é a favor da antecipação das prévias em seu partido, como defende o governador Alckmin, também ficou em cima do muro.
"Respeito muito o governador Geraldo Alckmin, é uma amizade indivisível, que não depende da política. Não há a menor hipótese divisionista, separatista. E, principalmente, não é o momento de se tratar de chapa nem de candidatura".
Autocrítica
Doria concordou com os deputados tucanos que criticaram a divulgação de uma propaganda do PSDB feita pelo grupo do senador e presidente interino da sigla, Tasso Jereissati. O vídeo, que admite que o PSDB cometeu erros, foi criticado por alguns políticos que votaram a favor do arquivamento da denúncia contra o presidente Temer na semana passada. Para o prefeito de São Paulo, a propaganda deveria ter sido discutida pelas lideranças do partido antes de ser divulgada.
"A forma da comunicação talvez não tenha sido a mais adequada e, ao meu ver, não foi a mais justa. Estabeleceu um grau de negatividade ao PSDB que não lhe cabe, pelo menos no teaser", avaliou. "Todos têm seus erros. Mas não pode expor isso sem compartilhar com quem faz parte do partido. Isso diminui a força da mensagem".
*Com informações de O Globo
Foto: Cacalos Garrastazu/Fotos Públicas