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Alvo de seu 7º inquérito no STF, o tucano foi autorizado a voltar ao Senado e, em seu discurso, se disse "vítima de uma armadilha" e chamou o empresário Joesley Batista, que o delatou, de "criminoso confesso"
Por Redação
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou nesta terça-feira (4) ao Senado Federal, após autorização do ministro Marco Aurélio Mello, e já discursou na tribuna para tentar se defender das acusações que culminaram em seu sétimo inquérito no Supremo Tribunal Federal. Ele foi acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e obstrução da Justiça após serem reveladas, no depoimento de Joesley Batista, empresário da JBS, gravações que mostram o tucano pedindo R$2 milhões em propina.
O ministro do STF, Edson Fachin, determinou seu afastamento do Senado, que durou 46 dias. Nesta segunda-feira (3), no entanto, o ministro Marco Aurélio Mello reverteu a decisão, e foi elogiado por Aécio em seu discurso nesta terça-feira (4).
"Foi o ilustre ministro Marco Aurélio que em sua decisão tratou de trazer luzes ao que diz a Constituição. Mostrar com clareza didática que medidas cautelares representam grave violação de princípios constitucionais", afirmou.
Em sua fala, o tucano, que em uma das gravações fala até mesmo em "matar" um delator, diz que não cometeu crime algum e que é alvo de uma armadilha. Ele ainda chamou Joesley Batista, empresário que o delatou, de "criminoso confesso".
"Não cometi crime algum, não aceitei recursos de origem ilícita, não prometi vantagens indevidas a quem quer que fosse e tampouco atuei para obstruir a justiça. Fui vítima de uma armadilha engendrada por um criminoso confesso cujas penas passariam de mais de 2 mil anos de cadeia", disse.
Ao terminar seu discurso, o senador, que foi afastado da presidência nacional do PSDB, saiu aplaudido por colegas senadores.