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A Lava Jato pretende fazer com Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, operador do peemedebista, o mesmo que fez com a OAS e a Odebrecht: uma disputa de onde sairá apenas um vencedor. Ou seja, das negociações em trâmite, só sairá um beneficiário.
Da Redação*
A delação de Eduardo Cunha já está na Procuradoria Geral da República para avaliação do potencial explosivo do material mas, segundo informações do jornal Valor, membros do Ministério Público Federal tem dado sinais de que o termo não será assinado.
A Lava Jato pretende fazer com Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, operador do peemedebista, o mesmo que fez com a OAS e a Odebrecht: uma disputa de onde sairá apenas um vencedor. Ou seja, das negociações em trâmite, só sairá um beneficiário.
Contra Cunha pesa o fato de o ex-deputado ter perdido muito tempo "fazendo jogo de cena" sobre o que poderia entregar aos procuradores. Agora, a avalição é que Lúcio Funaro tem condições de entregar informações muito parecidas e, ao contrário de Cunha, tem mais motivação para falar - está preso há mais de um ano e arrastou familiares para as investigações.
Cunha teria corrido para fazer a delação quando a Lava Jato chegou a Michel Temer através da JBS. Se, em algum momento, Temer cair em função das denúncias, o que Cunha tem a dizer perde o valor.
Além disso, o ex-deputado teria ainda mais dificuldade de fechar um acordo com a Procuradoria quando Raquel Dogge assumir o lugar de Rodrigo Janot. Ela promoteu tem critérios mais duros ao negociar delações.
O jornal ainda apontou que Cunha contratou o criminalista Délio Lins e Silva Junior para negociar a delação com os procuradores. Ele é o mesmo advogado que fez a delação de Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio do Amaral. Quem faz a defesa de Funaro é Antonio Figueiredo Basto. A cooperação do doleiro foi o que permitiu que Geddel Vieira Lima fosse preso.
*Com informações do GGN e Valor Econômico
Foto: Lula Marques/Agência PT