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É o segundo órgão de auditoria independente que isenta o ex-presidente em casos de corrupção na Petrobras. Juntas, KPMG e PwC vasculharam cerca de 10 anos de balanços da estatal
Por Redação RBA
Em resposta a requerimento do juiz Sérgio Moro, a KPMG Auditores Independentes informa que não foram encontrados indícios de participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atos de corrupção na Petrobrás entre o final de 2006 e o final de 2011. A resposta dos auditores foi encaminhada à 13ª Vara Federal de Curitiba nesta segunda-feira (29).
O procedimento, com o uso de dispositivos previstos em normas profissionais da auditoria, foi um pedido da defesa do ex-presidente, no sentido de colaborar com "algum tipo" de prova pericial, afirmam os advogados, que chegaram a denunciar violações ao direito de defesa cometidas por Moro, como pedidos de perícia indeferidos, bem como restrições à juntada de documentos ao processo.
"Em resposta ao ofício supra, a KPMG Auditores Independentes vem, respeitosamente, à presença de V.Exa, esclarecer que, durante a realização de auditoria das demonstrações contábeis da Petrobras, que abrangeu os exercícios sociais encerrados no período de 31.12.2006 e 31.12.2011, efetivada por meio de procedimentos e testes previstos nas normas profissionais de auditoria, não foram identificados pela equipe de auditoria atos envolvendo a participação do ex-presidente da república, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, na gestão da Petrobras que pudessem ser qualificados como representativos de corrupção ou configurar ato ilícito", disse a empresa.
Essa não é a primeira vez que um renomado órgão de auditoria internacional isenta Lula de eventuais ilícitos cometidos na estatal. No mês passado, a PricewaterhouseCoopers (PwC), que auditou as contas da Petrobras entre 2012 a 2016, também afirmou não ter encontrado qualquer ato ilícito ou de corrupção com a participação do ex-presidente.
Foto: Instituto Lula