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Mabel é investigado na Justiça Federal em Goiás por suspeita de ter recebido R$ 100 mil da Odebrecht.
Da Redação*
O ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) entregou o cargo e a sala que ocupava no 3º andar do Palácio do Planalto, o mesmo onde fica o gabinete presidencial. Esse é o terceiro assessor especial que Temer perde em uma semana, e o quarto desde o final do ano passado.
Mabel é investigado na Justiça Federal em Goiás por suspeita de ter recebido R$ 100 mil da Odebrecht. Ele afirma que os recursos foram doação oficial para sua campanha eleitoral.
Em carta ao presidente, Mabel alega que já havia pedido para sair em dezembro e que assumiu o compromisso com o peemedebista de continuar em Brasília por mais 120 dias em nome da amizade entre eles. O ex-deputado afirma que sai para resolver questões particulares.
Ontem o presidente exonerou outro assessor especial, Tadeu Filippelli (PMDB), ex-vice-governador do Distrito Federal preso na Operação Panatenaico, da Polícia Federal, que também prendeu os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Eles são acusados de receber propina e participar de um esquema que, segundo os investigadores, superfaturou em R$ 900 milhões os custos das obras de reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa de 2014.
Assessor informal do presidente desde que assumiu como suplente uma vaga na Câmara, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) ficou sem espaço no Planalto na semana passada. O paranaense é acusado de ter recebido R$ 500 mil em propina para interceder no governo em favor do grupo JBS. Ele é o auxiliar designado pelo presidente, na conversa gravada por Joesley Batista, para tratar de assuntos de interesse do empresário.
Rocha Loures foi flagrado recebendo uma mala de dinheiro do lobista do grupo. Ele devolveu a mala anteontem, mas faltavam R$ 35 mil. Além de inquérito, o ex-assessor especial é alvo de pedido de prisão que será analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Em dezembro, o advogado José Yunes, amigo de mais de 40 anos de Temer, deixou a assessoria do presidente após afirmar que recebeu R$ 1 milhão em nome do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), repassados pelo doleiro Lúcio Funaro, preso na Lava Jato. Yunes alega que foi “mula” do ministro e que não sabia da transação. Padilha nega envolvimento com corrupção.
*Com informações do Congresso em Foco
Foto: Alexandra Martins/Ag. Câmara