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Jânio de Freitas, em seu artigo desta quinta-feira (16), na Folha, fala sobre a pós-verdade: “A veracidade não é o que lhe importa (a Temer). Como caráter não se vende em supermercado, Michel Temer não recebe informações a respeito”.
Da Redação com Informações da Coluna de Jânio de Freitas
Jânio de Freitas, em seu artigo desta quinta-feira (16), na Folha, fala sobre a pós-verdade. De acordo com o jornalista, uma preocupação mundial, a ponto do governo alemão já ter como anteprojeto, “uma legislação duríssima contra empresas que viabilizam redes na internet, quando não eliminem com presteza as notícias falsas e a disseminação do ódio”.
Para Jânio, no entanto, providência semelhante no Brasil seria contraditória, sendo o país, por exemplo, em que um ex e badalado presidente da República e um ministro do Supremo Tribunal Federal propõem que o caixa 2 em política –o dinheiro tomado e destinado em segredo– não mais seja considerado como corrupção”.
Mais contraditória ainda, posto que o nosso presidente é “produtor oficial e contumaz de notícias falsas. Com uso não só da internet, mas de todo o sistema de comunicação informativa do país”.
O jornalista prossegue: “Michel Temer repete, com a esperança de que o país o ouça, serem as críticas ao projeto de "reforma" da Previdência movidas apenas por interesses. Nega perdas”: "Cerca de 63% dos trabalhadores terão aposentadoria integral, porque ganham salário mínimo. Quem pode insurgir-se é um grupo de 27%, 37%".
Jânio enumera mais mentiras ou “pós-verdades” de Temer: “O ‘ministério de técnicos’, a ‘recuperação da moralidade pública’, a ‘retomada do crescimento ainda neste ano’ (de 2016!), e tantas balelas mais, formam uma estrada imoral de mão única”.
O jornalista cita o próprio presidente em mentira retumbante: "A paternidade da transposição do São Francisco é do povo brasileiro". E acrescenta: “Sua forma de negar a autoria de Lula, em áspera batalha técnica e de comunicação, e a difícil continuidade assegurada por Dilma”.
No final, com chave de ouro, Jânio de Freitas encerra: “Quanto a Michel Temer, entende-se por que lhe pareceu normal nomear Alexandre de Moraes, coautor de um livro que assina sozinho, para o Supremo. A veracidade não é o que lhe importa. Como caráter não se vende em supermercado, Michel Temer não recebe informações a respeito”.
Leia a coluna completa aqui: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2017/03/1866904-noticias-falsas.shtml