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A Polícia Federal indiciou o empresário Eike Batista por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também foram indiciados o ex-governador Sérgio Cabral, sua ex-mulher – prima de Aécio Neves – Susana Neves, o advogado Flávio Godinho, ex-executivo do grupo EBX e outras nove pessoas.
Da Redação com Informações da Folha
A Polícia Federal indiciou o empresário Eike Batista por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também foram indiciados o ex-governador Sérgio Cabral, sua ex-mulher – prima de Aécio Neves – Susana Neves, o advogado Flávio Godinho, ex-executivo do grupo EBX e outras nove pessoas.
Os indiciamentos são resultado das investigações que resultaram na Operação Eficiência, nova fase da Operação Lava Jato, no mês passado. Eike Batista foi preso em 30 de janeiro, depois de grande espetáculo midiático. Durante o seu primeiro depoimento, no dia seguinte, se reservou ao direito de ficar calado.
Eike é suspeito de ter pago uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador, por meio da conta Golden Rock, no TAG Bank do Panamá. Os recursos foram transferidos por meio de um contrato considerado fraudulento de intermediação de venda de uma mina de ouro.
Cabral foi indiciado sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, junto com o ex-secretário Wilson Carlos, e os ex-assessores Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra.
Foram indiciados sob suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa o ex-assessor de Cabral Sérgio Castro de Oliveira, o doleiro Álvaro Novis, o advogado Thiago Aragão, o ex-subsecretário Francisco de Assis Neto e o irmão do ex-governador Maurício Cabral. A ex-mulher Susana Neves foi indiciada sob suspeita de lavagem de dinheiro.
O relatório da PF, a princípio, não envolveu o empresário Eduardo Plass, dono do TAG Bank, e Luiz Arthur Andrade Correia, que também assinava o contrato considerado simulado.
Eike foi levado nesta quarta-feira (8) à sede da PF para prestar novo depoimento. A polícia solicitou à Justiça Federal a nova oitiva para esclarecer contradições entre as declarações dos investigados.
O advogado Fernando Martins, que representa o empresário, afirmou antes do depoimento que a orientação era, mais uma vez, permanecer calado.
Além de Eike, foram levados o ex-secretário Hudson Braga, o ex-subsecretário Francisco de Assis Neto, o doleiro Álvaro Novis, e os ex-assessores de Cabral Ary Ferreira da Costa Filho e Carlos Emanuel Miranda. Todos estão presos.