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A debandada é geral. Depois da coluna de José Serra, agora é a vez da próstata de Eliseu Padilha. Por conta disto, o ministro da Casa Civil pediu licença do governo. O afastamento acontece no exato momento em que José Yunes diz ter recebido, a pedido de Padilha, “um pacote” de Lucio Funaro, operador de Cunha.
Da Redação com Informações da Coluna de Mônica Bérgamo
Depois da coluna de José Serra, agora é a vez da próstata de Eliseu Padilha. Por conta disto, o ministro da Casa Civil pediu licença do governo. O afastamento acontece no exato momento em que o empresário José Yunes, um dos melhores amigos do presidente Michel Temer, disse à Folha ter recebido, a pedido dele, um "pacote" em seu escritório entregue por Lucio Funaro, tido como operador do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ele viajou para Porto Alegre (RS), onde tem residência, e deve fazer ainda no fim de semana uma cirurgia para retirada da próstata.
Em delação premiada, Claudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirma que enviou dinheiro vivo ao escritório de Yunes também a pedido de Padilha.
Ele não se pronunciou sobre as declarações de Yunes.
O ministro passou mal na segunda-feira (20) e foi internado no hospital do Exército, em Brasília, depois de uma hemorragia causada por obstrução urinária. Exames mostraram aumento da próstata e a necessidade de cirurgia.
Ontem, ele se reuniu com Temer e apresentou pedido de licença médica para se submeter ao procedimento. Já em Porto Alegre, fez exames preparatórios para cirurgia no hospital Moinhos de Vento.
A previsão inicial é de que no dia 6 de março ele volte a despachar em seu gabinete no Palácio do Planalto.