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Em nota, Bebel, presidente da Apeoesp, revela intransigência do governo do Estado
Por Maria Izabel Azevedo Noronha - Bebel
Ao final do ano letivo, no dia 20/12, cerca de 33 mil professores da categoria O da rede pública estadual poderão ser demitidos, tendo em vista que o governo do Estado se recusa a reduzir o período de afastamento obrigatório do final do contrato de 180 dias para 40 dias, ou apresentar outra solução que permita a esses professores participar do processo inicial de atribuição de aulas de 2018, mantendo seus postos de trabalho.
Por isso, estive na noite desta quinta-feira, 7/12, na Secretaria da Educação, onde conversei mais uma vez com o chefe de gabinete, acompanhada de uma comissão de mais de cem professores da categoria O.
A APEOESP vem lutando há um ano ou mais por uma solução para este grave problema. Apesar disto, o governo nada fez. Frente ao drama humano de milhares de professores que serão desempregados e de suas famílias, o governo do PSDB se apega a querelas jurídicas, produzidas pela Procuradoria Geral do Estado, instituição insensível às necessidades da nossa categoria e da escola pública. O fato é que não foi apresentada nenhuma proposta.
Além da insensibilidade com o drama humano, o governo demonstra descompromisso com a educação pública, pois sua decisão de demitir esses milhares de professores vai agravar a falta de profissionais que já é muito grave na rede estadual de ensino.
Este é o governo que temos no estado de São Paulo. Não nos dobraremos ao seu autoritarismo. Vamos lutar até o fim. Estamos denunciando esta situação para que a comunidade escolar e a sociedade sejam mais uma vez solidárias a nós, professores e professoras.
Estamos na luta, como sempre. Queremos a garantia de emprego para todos os professores que já trabalham na rede estadual de ensino e lutaremos sem tréguas para conseguir essa vitória.