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Lula também evocou a questão da posse de arma no país ao falar que não daria "fuzil para fazendeiro", mas "terra para trabalhador". Vídeo
Da Redação*
"Eles acham que para diminuir a violência é preciso distribuir arma pro povo, eu acho que é preciso distribuir emprego e salário", afirmou Lula durante ato na cidade de Campos, no Norte Fluminense.
A frase foi dita por Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (5), durante passagem da caravana pelos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Lula também evocou a questão da posse de arma no país ao falar que não daria "fuzil para fazendeiro", mas "terra para trabalhador", ao comentar que já viu "gente falando" em combater o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) --cujo boné usou durante o ato-- fornecendo armas para agricultores.
O uso de fuzis por fazendeiros contra invasões de militantes do MST já foi defendido publicamente pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tem a liberação do porte de armas entre suas principais bandeiras.
Em pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (2), o petista lidera as intenções de voto para a eleição presidencial de 2018 em todos os cenários apresentados aos entrevistados, variando entre 34% e 37%, sempre seguido por Bolsonaro, que flutua entre 17% e 19% nos cenários em que Lula aparece.
Caravanas
Esta é a terceira caravana de Lula pelo país. A primeira percorreu cidades do Nordeste, a segunda foi em Minas Gerais. A próxima, de acordo com anúncio feito por Lula, será em Curitiba, cidade sede da operação Lava Jato.
Nesta terça-feira (5), o ex-presidente participou de um ato de recepção na cidade de Campos dos Goytacazes. "Foi nesta cidade que o presidente Nilo Peçanha fez a 1ª escola técnica, em 1909. Até 2002, fizeram 140. E nós, em apenas 12 anos, fizemos 500 escolas técnicas", lembrou o ex-presidente, que enumerou outros avanços na educação no Brasil durante os governos do PT.
"Há 10 anos, a gente entrava em uma faculdade e só via branco rico. Hoje tem negro, sertanejo, gente da periferia. A inteligência não está no berço, está nas oportunidades", reforçou o ex-presidente durante o ato, realizado no Jardim do Liceu. "Se eu voltar à Presidência da República, enquanto eu for vivo a Educação não será tratada como gasto, mas sim como investimento".
No dia em que o país saiu às ruas para protestar contra a Reforma da Previdência, Lula comentou que o Brasil vive a maior crise de sua história. "Pela primeira vez o país está sendo governado por um golpista responsável por rasgar 54 milhões de votos na Dilma, e que só é aceito pelo mercado para vender o Brasil", pontuou o ex-presidente.
Para Lula, não existe saída para o estado do Rio de Janeiro sem a participação do governo federal. "Para o Rio de Janeiro voltar a crescer, a Petrobras tem que voltar a investir. Precisamos voltar a fazer navio, sonda, estaleiro", defende.
Durante o ato, o ex-presidente voltou a desafiar o juiz Sérgio Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal a apresentarem uma prova contra ele. "Se não querem que eu ganhe, parem de mentir e disputem as eleições. Ou peçam para Globo criar um pra eles".
*Com informações do Uol e do Lula.com
Foto: Ricardo Stuckert