Escrito en
POLÍTICA
el
O prefeito disse ainda concordar com a afirmativa de que ser prefeito de São Paulo é mais difícil do que ser bem-sucedido na iniciativa privada
Da Redação*
Em entrevista de balanço de seu primeiro ano de governo à Folha de S. Paulo, o prefeito João Doria afirmou que respeita o Tribunal de Contas do Município, mas que o órgão “deveria atuar na fiscalização das contas e da execução fiscal da Prefeitura de São Paulo, e não em manifestações prévias. Isto, a meu ver, compete ao Poder Executivo e à aprovação do Legislativo, mas não ao Tribunal de Contas. Há um certo exagero sobre as funções do Tribunal de Contas”.
Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais.
Para o prefeito, os serviços como varrição, semáforos e iluminação “foram retardados por ações do Tribunal de Contas do Município, que, a meu ver, não deveria ter atuado nesta etapa prévia, e sim no julgamento das contas. Então, é uma constatação clara: ainda que não tenha havido intenção deliberada dos conselheiros do Tribunal de Contas de prejudicar a cidade e seus habitantes, de fato houve um prejuízo”, afirmou.
Com relação à limpeza urbana, Doria afirmou que “você não pode querer comparar cidades do primeiro mundo com cidades brasileiras”.
Ao ser perguntado se seria candidato a governador no próximo ano, o prefeito afirmou que “o meu objetivo é ser prefeito, ter foco na prefeitura e cumprir o meu mandato. Gosto de ser prefeito. Lutei para ser prefeito. Estou entusiasmado na condição de prefeito. Então, não me falta disposição para "prefeitar".
Doria disse ainda concordar com a afirmativa de que ser prefeito de São Paulo é mais difícil do que ser bem-sucedido na iniciativa privada.
Ele disse também que fará todas as privatizações no seu mandato. “O complexo do Anhembi terá a sua privatização executada no primeiro semestre [de 2018]. E é um bem patrimonial importante, não só do ponto de vista de valor como de resultado para formar o fundo patrimonial de desestatização, que será destinado exclusivamente para projetos sociais”.
Doria disse ainda que “o orçamento de 2017 feito pela gestão do PT é um Orçamento artificial. Uma peça de ficção –15% dos R$ 55 bilhões simplesmente não existiam, independentemente de serem ou não do governo federal. Você não pode estabelecer um compromisso orçamentário diante de expectativas”.
Imodesto, Doria disse ainda que errou pouco. Um dos exemplos foi “quando nós fizemos a ação [que apagou grafites] na 23 de Maio, deveríamos, logo no começo da ação, ter dialogado com os grafiteiros. E aí nós erramos. Nós tomamos a medida [de apagar] os grafites que estavam vandalizados”.
*Com informações da Folha
Foto: Wilson Dias/EBC/FotosPúblicas