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Juiz faz críticas à iniciativa do peemedebista: “Temer prepara uma saída para si (se condenado) e para outros réus da #LavaJato: agora, corruptos no Brasil cumprirão apenas 1/5 da pena e serão completamente indultados (perdoados), como regra geral”.
Da Redação*
O juiz Deltan Dallagnol postou um texto em sua página do Facebook, nesta sexta-feira (22), atacando Michel Temer e, ainda por cima, mandando uma indireta para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Acompanhe a mensagem:
“Temer prepara uma saída para si (se condenado) e para outros réus da #LavaJato: agora, corruptos no Brasil cumprirão apenas 1/5 da pena e serão completamente indultados (perdoados), como regra geral.
O decreto de indulto ignorou a manifestação do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do Ministério Público, da força-tarefa da Lava Jato e da Transparência Internacional. Todos se manifestaram contra aplicação do indulto ao crime de corrupção.
Não só a manifestação foi ignorada, mas a decisão do presidente foi no sentido contrário: antes corruptos precisavam cumprir apenas 1/4 da pena. Agora, irrisórios 1/5. É um feirão de Natal para corruptos: pratique corrupção e arque com só 20% das consequências – isso quando pagar pelo crime, porque a regra é a impunidade.
Meus parabéns pela ótima mensagem que o Planalto passa à população sobre sua atitude diante da corrupção. Não poderia ser mais claro. Aliás, não é só ele. Tem gente em outros Poderes que neste final de ano está passando a mesma mensagem.
Ah, e é claro: pelo decreto de indulto, quem tem mais de 70 anos cumpre menos pena ainda!!”.
Por gente de outros Poderes, leia-se Gilmar Mendes, que esta semana proibiu condução coercitiva por considerá-la inconstitucional (e é mesmo).
DD é, provavelmente, Deltan Dallagnol, conforme a conversa pelo aplicativo Wickr fotografada pelo advogado Rodrigo Tacla Durán, e com autenticidade comprovada por perito espanhol.
Na conversa, o advogado Carlos Zucolotto Júnior tenta vender facilidades em acordo de delação premiada negociada por Tacla Durán com o Ministério Público Federal.
*Com informações do Diário do Centro do Mundo
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas