Vaiado e chamado de “ladrão”, Jucá ainda encontra tempo para fustigar Lula

"Acho que se Lula for condenado, ele deixa de ser candidato. Se for inabilitado, será um cabo eleitoral importante, mas não poderá ser candidato”, disse

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"Acho que se Lula for condenado, ele deixa de ser candidato. Se for inabilitado, será um cabo eleitoral importante, mas não poderá ser candidato”, disse Da Redação* O senador Romero Jucá (PMDB-RR) voltou a ser vaiado e ofendido no sábado (16) durante a inauguração do teatro municipal de Boa Vista (RR). Pouco menos de um mês depois de ser escrachado em voo, ao ser chamado para discursar, o parlamentar foi imediatamente atacado pelo público presente, com gritos de “ladrão”. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. O senador é alvo de uma série de investigações no Supremo Tribunal Federal. Em agosto, Jucá foi denunciado três vezes pela Procuradoria-geral da República no âmbito da Operação Lava Jato, sob acusação de envolvimento em esquemas da Odebrecht da Transpetro. Ele também é investigado pela Operação Zelotes. Em seu discurso, Jucá desejou “feliz Natal” à plateia, que não parou de protestar. “Quero desejar a cada um de vocês, cada criança, cada jovem, a cada idoso, um Natal de paz, de alegria e de muita fraternidade”, afirmou o senador. “Lula não será candidato” No mesmo dia, o senador declarou à Folha de S. Paulo que Lula não deverá ser candidato. "Acho que se Lula for condenado, ele deixa de ser candidato. Se for inabilitado, será um cabo eleitoral importante, mas não poderá ser candidato. Lula sendo candidato, o eixo da eleição é o Lula e o anti-Lula. Ele não sendo candidato, o eixo da eleição é muito mais a economia e o discurso dos outsiders", disse. Jucá sinalizou ainda que Geraldo Alckmin pode não ser o escolhido do "legado governista" e, assim, acabar sem o tempo de televisão e rádio dos partidos da base. "Alckmin é um bom nome, mas existem outros", afirmou. Jucá ataca ainda ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, autor de duas denúncias contra Temer, e diz que a reforma da Previdência seria aprovada se não fosse a atuação do ex-PGR. Responsável por anunciar o adiamento da reforma para 2018, Jucá reconhece que sua aprovação em ano eleitoral ficou "mais difícil". Com informações da Veja e da Folha