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A proposta legislativa que foi apresentada no portal e-Cidadania por grupos de direita e contava com milhares de assinaturas falsas acabou sendo rejeitada na Comissão de Direitos Humanos. Deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) comemorou: "Enquanto eles ladram, Paulo Freire continuará passando"
Por Redação*
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado rejeitou nesta sexta-feira (14) uma sugestão legislativa que tinha como objetivo retirar do educador Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira. A relatora, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), classificou a proposta como censura ideológica.
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"Seria um crime de lesa-pátria revogar a lei que conferiu a Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira. No momento de crise e desesperança que o Brasil atravessa, deveríamos na verdade resgatar o legado freireano", disse a senadora em seu relatório.
Paulo Freire foi declarado Patrono da Educação Brasileira em 2012, em reconhecimento à vida e obra do educador e filósofo. Ele é tido como um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial.
A proposta para retirar o título de Paulo Freire foi apresentada por grupos de direita ao Senado por meio do portal e-Cidadania e recebeu 23,3 mil apoios assinaturas, a maior parte delas falsificadas ou emitidas por robôs.
Com a rejeição, a sugestão foi arquivada.
Pelo Facebook, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) comentou a decisão e comemorou.
"Em tempos de renascimento do macartismo, nos quais o patrulhamento delirante direciona seu ódio contra um suposto comunismo, marxismo ou qualquer ideia que considerem ser de esquerda, temos que comemorar todas as vitórias. A Comissão de Direitos Humanos do Senado, através do relatório da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), rejeitou a tentativa de retirar o título de “Patrono da Educação” de Paulo Freire. A sugestão legislativa foi fabricada por uma campanha orquestrada, nada espontânea, e com muitas assinaturas falsificadas, por grupos que tentam passar a falsa ideia de que suas ideias estapafúrdias têm adesão popular (...) Enquanto eles ladram, Paulo Freire continua e continuará passando!".
*Com Agência Brasil
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