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O deputado insinua que o jornalista estaria sendo misógino e racista: “Elevá-la a essa condição não seria resultado dos velhos e persistentes racismo e misoginia institucionais e sociais?”
Da Redação*
O deputado Jean Wyllis criticou em sua conta no Facebook o jornalista Elio Gaspari que, em artigo no último domingo, na Folha, diz que Luislinda Valois deveria ter sido demitida do cargo de ministra dos Direitos Humanos.
Para Jean, diante de tantos políticos denunciados por corrupção, como Geddel, Eliseu Padilha “o ridículo e o oportunismo do governo golpista são marcados por Luislinda Valois? Jura, prestigiado jornalista?”. Para, mais à frente, insinuar que o jornalista estaria sendo misógino e racista: “Elevá-la a essa condição não seria resultado dos velhos e persistentes racismo e misoginia institucionais e sociais? É só uma pergunta”, encerra.
Leia o texto de Jean Wyllis na íntegra abaixo:
Jura, Elio Gaspari? Jura que, mesmo diante do que fizeram e do que são Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e, antes deles, o próprio Temer, denunciado por corrupção e formação de quadrilha, o ridículo e o oportunismo do governo golpista são marcados por Luislinda Valois? Jura, prestigiado jornalista? Jura, Elio Gaspari, que, mesmo vendo o comportamento vergonhoso, para não dizer criminoso, dos deputados federais - sobretudo dos das bancadas da Bíblia e da bala - que salvaram Temer da investigação dos crimes dos quais lhe acusam o Ministério Público em troca de benefícios e vantagens privadas; jura que diante disso o senhor decidiu eleger a ministra (a mulher) negra como o marco do ridículo e do oportunismo desse governo golpista de homens brancos? Ora, eu acho as falas e a reivindicação de Luislinda Valois absurdas e lamentáveis; acho que, ao aceitar fazer parte desse governo de investigados, ela não pode impedir que a lama lhe salpique a reputação; porém, ela está longe de ser o marco do ridículo e do oportunismo desse governo de ladrões! Elevá-la a essa condição não seria resultado dos velhos e persistentes racismo e misoginia institucionais e sociais? É só uma pergunta.