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Em delação homologada no STF, Renato Pereira detalhou como eram feitos os pagamentos não contabilizados das campanhas de Paes, Pezão, Cabral e Pedro Paulo e revelou que os políticos participavam diretamente das negociações
Por Redação
O marqueteiro Renato Pereira, da Prole Serviços de Propaganda, detalhou em acordo de colaboração premiada firmado com a procuradoria-geral da República o caminho da corrupção do PMDB no governo e prefeitura do Rio de Janeiro. Seu depoimento está em fase de homologação no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoswki, e as informações foram divulgadas neste domingo (5) pelo jornal O Globo.
De acordo com Pereira, governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-prefeito Eduardo Paes, o ex-candidato a prefeito e deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-governador Sérgio Cabral participaram diretamente da negociação de pagamentos em dinheiro e fora da contabilidade oficial de suas respectivas campanhas políticas feitas entre 2010 e 2016.
O esquema, segundo o delator, funcionava da seguinte maneira: ele, Pereira, ou algum de seus sócios recebiam malas ou sacolas de dinheiro pessoalmente, entregues por representantes dos peemedebistas ou repassados por representantes de empresas fornecedoras dos governos estadual e municipal, entre eles as construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de empresas de transporte de Jacob Barata.
A delação de Pereira dá conta também de como a Prole, sua agência, influenciou contratos de publicidade de governos no Rio nos últimos dez anos.
Em nota, as assessorias de imprensa dos quatro políticos do PMDB negaram as acusações.