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O ex-consultor da Odebrecht desmentiu o juiz Sérgio Moro, que afirmava “peremptoriamente” que Durán e Zucolotto nunca tiveram contato. Zucolotto é padrinho de casamento de Moro e sócio de uma banca que já teve a esposa do juiz, Rosângela Moro
Da Redação*
Tacla Durán assumiu, em depoimento à CPI da JBS, nesta quinta-feira (30), que procurou o advogado Carlos Zucolotto Jr., por saber de sua proximidade com o juiz Sérgio Moro e da chamada “panela de Curitiba”. “Eu o contratei porque ele tinha acesso às autoridades de Curitiba. Contratei uma pessoa que pudesse negociar melhor”.
Zucolotto é padrinho de casamento de Moro e sócio de uma banca que já teve a esposa do juiz, Rosângela Moro.
Mais adiante, o deputado Paulo Pimenta insiste que ele tenha, então, contratado o advogado “por saber que ele tinha acesso às pessoas que podiam ajudar a viabilizar a sua delação, é isso?”. Duran respondeu que sim. “Eu imaginei que tivesse. E ele confirmou que tinha”.
Mais à frente, Pimenta insiste se ele tem como provar que tenha tido contato com Zucolotto, pois o próprio Moro nega isto “peremptoriamente”. Tacla responde: “Sim, eu troquei as mensagens com ele, eu encaminhei pro relatório pericial e a sequência dos fatos que se desencadearam a partir desta conversa comprova que a conversa aconteceu”.
A partir dai, Tacla afirma que as provas apresentadas por ele foram todas periciadas pela Associação Espanhola de Peritos, que é o órgão responsável pelas perícias na Espanha, e foi comprovado que nada havia sido adulterado nos documentos.
Tacla Duran deu o depoimento por vídeo conferência, pois está na Espanha, onde será julgado.