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Na troca de mensagens entre Tacla Durán e Zucolotto, é negociado o desconto que o primeiro pagaria à justiça. Zucolotto considera muito alto o valor e se propõe a ver com “DD se melhora isso”
Da Redação*
O advogado e ex-consultor da Odebrecht, Tacla Durán, apresentou, nesta quinta-feira (30), à CPI da JBS no Senado, as provas pericias de seu contato através de mensagens com o advogado Carlos Zucolotto, amigo pessoal do juiz Sérgio Moro.
Moro divulgou nota, no dia 27 de agosto deste ano, negando de maneira resoluta que o “seu amigo pessoal”, Carlos Zucolotto, tenha tido qualquer contato com Tacla Durán.
A perícia foi realizada pela Associação Espanhola de Peritos, órgão que também é responsável pelas pericias policiais e judicias na Espanha. O órgão sorteou o perito judicial Castor Iglesias Sanzo. De acordo com a perícia, as mensagens pelo aplicativo, feitas através de um aparelho Samsung SM-G800H, ocorreram nos dias 24 e 25 de maio de 2016.
Na troca de mensagens entre Tacla Durán e Zucolotto, é negociado o desconto que o primeiro pagaria à justiça. Zucolotto considera muito alto o valor e se propõe a ver com “DD se melhora isso”. Foi perguntado durante o depoimento da CPI se ele sabia quem era o codinome e Durán disse que não.
O primeiro passo da perícia foi verificar se as fotos capturadas nos arquivos com extensão .jpg são originais e correspondem aos arquivos indicados ou foram alterados ou modificados após a captura. Foi analisado também se as fotos haviam sido modificadas, se tiveram alguma espécie de tratamento que alterassem seu conteúdo.
A conclusão do perito foi que, “tanto as imagens como as datas de captura não foram modificadas ou alteradas em seu contexto geral ou específico. Este é o meu relatório que contém 8 páginas e que registro, prometendo dizer a verdade, ao meu melhor conhecimento e convicção, agindo com a maior objetividade, levando em consideração que posso favorecer ou prejudicando qualquer das partes, sabendo as sanções penais previstas pela infração do meu dever como especialista, acreditando cumprir a ordem determinada os efeitos que prosseguem. A data do laudo é de 3 de novembro de 2017 e assinada por Cástor Iglesias Sanzo - Perito Judicial.
O documento da perícia ainda apresenta mensagem enviada no dia 27 de maio, portanto, dois dias depois da última mensagem periciada, dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima, Roberson Henrique Pozzobon e Julio Noronha, com a minuta do acordo nos mesmos termos anunciados pelo próprio Carlos Zucolotto nas mensagens periciadas.
Veja o documento completo da perícia aqui