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Fernando Segóvia, nome escolhido por Temer para a direção da Polícia Federal, colocou em dúvida a investigação da PGR que resultou nas denúncias contra o peemedebista. "Uma única mala talvez não dê toda essa materialidade criminosa", afirmou em sua cerimônia de posse, a primeira na história a contar com a presença do presidente
Por Redação
Michel Temer escolheu, no último dia 8, o novo diretor-geral da Polícia Federal: Fernando Segóvia. Em coletiva de imprensa logo após a sua cerimônia de posse, realizada nesta segunda-feira (20), Segóvia já sinalizou que deve cumprir um papel amistoso a Temer e seus aliados em seus anos frente a diretoria. Ele colocou em dúvida a investigação da procuradoria-geral da República que denunciou Temer por corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça. Todas as denúncias foram rejeitadas pela Câmara dos Deputados.
"A gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria de durar mais tempo porque uma única mala talvez não dê toda essa materialidade criminosa que a gente necessita para resolver se houve ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", disse, se referindo a mala com R$500 mil encontrada em um apartamento de Rodrigo Rocha Loures, homem de confiança de Temer. De acordo com a denúncia, a mala continha dinheiro de corrupção da JBS que seria repassado a Temer.
"É um ponto de interrogação que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ser respondido se a investigação tivesse mais tempo", completou, para a alegria do Temer.
O presidente, inclusive, estava presente na cerimônia de posse de Segóvia, algo inédito na história das sucessões de cargos na PF.
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