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Ministro do STF defende que CNJ, o CNMP e o Ministério da Justiça atuem no caso da morte do reitor
Da Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes se pronunciou sobre o suicídio do reitor da UFSC Luis Carlos Cancellier de Olivo, o Cau, como era conhecido.
Segundo Mendes, “o falecimento de Cancellier, reitor da UFSC, serve de alerta sobre as consequências de eventual abuso de poder por parte das autoridades”. Mendes defendeu também que o CNJ, o CNMP e o Ministério da Justiça atuem no caso da morte do reitor.
Ele ainda afirmou, em seu Twitter: “Não estou antecipando responsabilização, mas o caso demonstra que, algumas vezes, sanções vexatórias são impostas sem investigações concluídas. O sistema de justiça precisa de extremo cuidado para que excessos não sejam cometidos. Estamos lidando com a vida e a dignidade das pessoas.”
Luiz Carlos Cancellier se suicidou na segunda-feira (2). Ele passava por tratamento psicológico desde que foi preso por uma operação da Polícia Federal, que o afastou da universidade sem provas das irregularidades que é acusado de praticar. Em carta, ex-reitor denunciou as arbitrariedades da Justiça e a “humilhação e o vexame” a que foi submetido.
O procurador-geral do estado de Santa Catarina, João dos Passos Martins Neto, também alertou para o abuso de autoridade do Ministério Público e da Polícia Federal no caso. “As informações disponíveis indicam que Cancellier padeceu sob o abuso de autoridade, seja em relação ao decreto de prisão temporária contra si expedido, seja em relação à imposição de afastamento do exercício do mandato, causas eficientes do dano psicológico que o levaram a tirar a própria vida”, escreveu.
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