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Esquema envolvia também o ex-deputado Eduardo Cunha e atuava no fundo de pensão dos funcionários da empresa de águas do Rio.
Da Redação
Em novos trechos de sua delação, o doleiro Lúcio Funaro acusa o irmão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, de pagar propina. Luciano Lewandowski é economista e teria pago incentivos para conseguir investimentos, devolvendo uma comissão em "dólar papel".
Este depoimento consta em nova remessa de documentos enviados pelo STF à Câmara dos Deputados, que, nos próximos dias, julgará o segundo pedido de abertura de denúncia contra o Michel Temer. Sendo assim, os depoimentos foram publicados no site da casa e vieram a público.
Funaro cita o caso como um dos casos de corrupção, entre 2003 e 2006, ocorridos na Prece, fundo de pensão dos funcionários da empresa de águas do Rio. Naquela época, o fundo era área de influência do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro e agora delator era o operador.
Em seu depoimento, o delator não cita datas específicas dos episódios. Disse apenas que a Prece injetou dinheiro em investimentos indicados por Luciano Lewandoswki. Em troca, recebeu comissão que, segundo Funaro, foi repassada a Eduardo Cunha. Apesar de não ter citado valores, indicou que era um percentual entra 5% e 6%.
Procurado, o ministro do STF não quis se manifestar sobre o assunto. Ao BuzzFeed, a corretora Rio Bravo negou a acusação de Funaro e ressaltou que Luciano Lewandowski deixou a empresa em abril de 2003. "A Rio Bravo nega veementemente qualquer envolvimento ou relacionamento com o pagamento de propina para pessoa ou entidade conforme apontado."
*com informações do BuzzFeed
Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF