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Dirigente está detido por suspeita de participar de um esquema de compra de votos na eleição que definiu o Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.
Da Redação*
Depois de 22 anos, Carlos Arthur Nuzman não é mais o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Nesta quarta-feira (11), a entidade esportiva divulgou que o dirigente, que está preso por suspeita de participar de um esquema de compra de votos na eleição do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016, renunciou ao cargo. Quem assume o cargo é Paulo Wanderley, que era o vice-presidente.
A carta de renúncia foi lida por Sérgio Mazzillo, um dos advogados ligados a Nuzman. O dirigente assinou o documento horas antes no presídio de Benfica, onde está detido. Ele estava desde 1995 à frente do COB, tendo sido reeleito outras cinco vezes, a última delas no ano passado, quando fez um acordo político para substituir seu vice-presidente. Saiu André Richer, último presidente do COB antes de Nuzman e vice durante 20 anos, para entrar Paulo Wanderley.
A movimentação foi costurada com os presidentes das confederações, que já pensavam na sucessão. Paulo Wanderley, que derrubou o clã “Mamede” para ficar 16 à frente da Confederação Brasileira de Judô, era tido como o mais preparado para assumir a cadeira de Nuzman assim que o veterano saísse dela. Nuzman segue preso, agora por tempo indeterminado.
Na segunda-feira (9), quando venciam os cinco dias de sua prisão provisória, o juiz federal da 7ª Vara Criminal do Rio, Marcelo Bretas, acatou o pedido do Ministério Público Federal do Rio para colocar Nuzman em prisão preventiva. Detido em Benfica, o dirigente só tem tido acesso aos seus advogados, do escritório criminal de Nélio Machado.
*Com informações do UOL
Foto: YouTube