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O veiculo impresso pertence a Agência de Notícias das Favelas que classificou a apreensão como um "ataque a liberdade de imprensa".
Por Redação
A edição de outubro do jornal "A voz da Favela", veículo de mídia alternativo do Rio de Janeiro, foi apreendido na tarde de ontem (29), na Gráfica MEC (Jornal O Povo). A ação é fruto de um despacho de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, emitida pelo juiz Marcello Rubiolli.
A edição trazia na capa uma matéria sobre o debate deste ano chamado "Encontro com a Favela de Candidatos à Prefeitura do Rio", em que seis candidatos foram apresentar suas propostas para a cidade para a população que mora nas favelas. A justificativa utilizada pelo juiz é de que o veículo estaria fazendo propaganda eleitoral e que o prazo para campanha eleitoral já estaria encerrado.
O veiculo impresso pertence a Agência de Notícias das Favelas que classificou a apreensão como um "ataque a liberdade de imprensa".
"A Agência de Notícias das Favelas é uma organização livre e apartidária e que tem como princípio a democratização da comunicação popular, com destaque à liberdade de imprensa. Reforçamos o compromisso da Agência de Notícias das Favelas e de seus dois veículos, o portal www.anf.org.br e o jornal impresso A Voz da Favela com a isenção, sem o privilégio de uma ou outra candidatura. Classificamos esta ação como um ataque à liberdade de imprensa e à comunicação popular", disse em nota.
Leia a nota na íntegra:
“A Agência de Notícias das Favelas e a ANF Produções, organizações responsáveis pelo Jornal A Voz da Favela, vem a público esclarecer que a edição de Outubro de 2016 do Jornal A Voz da Favela, alvo hoje de ação de busca e apreensão em razão de denúncia de violação ao disposto na Res. TSE Nº 23.457/2015 e na Lei nº 9.504/1997, não realiza propaganda eleitoral de quaisquer candidatos das eleições 2016.
Buscamos nesta edição destacar mais um Encontro com a Favela de Candidatos à Prefeitura do Rio, evento realizado pela Agência de Notícias das Favelas e ANF Produções em todas as eleições municipais, visando proporcionar uma aproximação dos candidatos com a população das favelas. Apenas seis candidatos dos onze candidatos a prefeito (a) do Rio de Janeiro compareceram ao evento.
A Agência de Notícias das Favelas é uma organização livre e apartidária e que tem como princípio a democratização da comunicação popular, com destaque à liberdade de imprensa. Reforçamos o compromisso da Agência de Notícias das Favelas e de seus dois veículos, o portal www.anf.org.br e o jornal impresso A Voz da Favela com a isenção, sem o privilégio de uma ou outra candidatura. Classificamos esta ação como um ataque à liberdade de imprensa e à comunicação popular.
Estamos à disposição para demais esclarecimentos.
Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2016.
André Fernandes
Diretor-fundador da Agência de Notícias das Favelas”