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Juiz federal não teria jurisdição para autorizar busca na casa da senadora. Segundo Gleisi, ação foi "um desrespeito humano sem tamanho e desnecessário", já que Paulo Bernardo sempre esteve à disposição da Justiça
Por Redação
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, sobre sua decisão que autorizou a busca e apreensão realizada nesta quinta (23) na casa da senadora Gleisi Hoffmann.
O ministro levou em consideração o apontamento feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do 1º vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), sob alegação de que o imóvel pertence ao Senado e, portanto, o juiz não teria jurisdição para autorizar entrada no local.
Outra questão é se as buscas se restringiram, de fato, ao marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, que foi preso na ocasião, quando se deflagrou a Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.
A senadora, por sua vez, questionou a operação. "Mais de 10 pessoas estranhas entraram em minha casa com ordem de busca e apreensão. Trouxeram também uma ordem de prisão preventiva contra o Paulo.
Busca e apreensão após quase um ano de início do processo?! Prisão preventiva para prevenir o quê?! Uma fuga? Um conluio? Qual risco representa ele?", escreveu em sua página no Facebook. "Desde que esse processo começou, Paulo se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça, sempre esteve totalmente disponível, tem endereço conhecido."
"Vieram coercitivamente buscá-lo em casa, na presença de nossos filhos menores. Um desrespeito humano sem tamanho, desnecessário. Não havia nada em nossa casa que podia ser levado. Mesmo assim levaram o computador do meu filho adolescente. Fiquei olhando meu menino e pensei sobre a dor que sentia com aquela situação", relatou.