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Gravação mostra conversa em que Sérgio Guerra pede R$ 10 milhões para barrar CPI da Petrobras
Por Redação
O ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que tinha "horror a CPI". A declaração foi feita em 2009, em um encontro marcado para negociar a propina que seria paga ao então senador pelas empreiteiras que faziam parte da licitação da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
"Eu tenho horror a CPI, nem a da Dinda eu assinei. É uma coisa deplorável fazer papel de polícia, parlamentar fazendo papel de polícia", destacou o tucano, que teria pedido R$ 10 milhões para barrar as investigações da CPI da Petrobras.
A reunião foi filmada pelo circuito de segurança interno do hotel onde a conversa aconteceu e o dono do estabelecimento entregou as gravações à Procuradoria Geral da República.
Ao argumentar com os representantes das empreiteiras, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, disse: “Você pensa que vai gastar X, depois da casa pronta vai custar 3X mais, a gente sabe que funciona assim, não tem jeito”.
Além de Guerra e Paulo Roberto, participaram da reunião o então presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o lobista Fernando Baiano e também Erton Medeiros, representante da Galvão Engenharia.
Com exceção de Guerra, que morreu em 2014 em decorrência de um câncer de pulmão, todos são investigados na Operação Lava-Jato, sendo que Fernando Baiano e Paulo Roberto Costa se tornaram delatores.
O deputado Eduardo da Fonte foi denunciado pelo MPF por corrupção passiva, apontado como organizador do encontro. Ele afirmou, em nota, que a denúncia será respondida “no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribuna Federal”.
O PSDB, por sua vez, alegou que apoia a Operação Lava-Jato desde o início.
Confira o vídeo aqui.
Foto de Capa: George Gianni/ PSDB