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A representação contra o parlamentar, apresentada pelo PV e pela OAB-RJ em abril, afirma que o deputado fez apologia à tortura ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante a sessão sobre a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff
Por Redação
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pode instaurar um processo contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A representação contra o parlamentar, apresentada pelo PV e pela Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) em abril, afirma que o deputado fez apologia à tortura ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante a sessão sobre a abertura do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. A pauta está na agenda da Câmara dos Deputados.
Ao votar a favor da abertura do processo de impeachment, Bolsonaro dedicou seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo de 1970 a 1974.
"Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, contra o comunismo, pela nossa liberdade e contra o foro de São Paulo. Pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim", disse o deputado ao microfone.
Ustra foi o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador no período da ditadura militar no Brasil. Bolsonaro, no entanto, afirma que não existe sentença transitada em julgado contra o coronel e lembra que deputados têm imunidade parlamentar por seus votos e palavras.
Com informações da Agência Câmara