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Alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados pode perder o cargo caso o Conselho entenda que ele, de fato, mentiu quando disse à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior
Por Redação
Investigado na operação Lava Jato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na tarde desta segunda-feira (7) pelo Conselho de Ética da Casa. Com a notificação, Cunha tem até dez dias para apresentar sua defesa por escrito.
Ele é alvo de um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar por, supostamente, ter mentido na CPI da Petrobras quando disse que não tinha contas no exterior. A representação contra o peemedebista foi apresentada no ano passado por parlamentares da Rede e do Psol.
Documentos do Ministério Público da Suíça, no entanto, apontaram a existência de contas ligadas ao parlamentar, que alega ser apenas 'usufrutuário' dessas contas, que pertenceriam a trustes.
Com a notificação e a defesa apresentada, o Conselho de Ética terá até 40 dias úteis para ouvir testemunhas, fazer as oitivas e as investigações. Passada esta etapa, o relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), terá até dez dias úteis para apresentar o texto definitivo e, assim, encaminhá-lo para discussão e votação.
Se aprovado o texto final do processo pela maioria da Casa, Cunha pode ter seu mandato cassado e deixará de ocupar a presidência da Câmara.
Foto: Antônio Cruz/ABr