Sobre a extrema-direita: é preciso olhar como uma questão

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Em relação ao mesmo espectro político nos Estados Unidos, a extrema-direita brasileira tem pelo menos mais três elementos complicadores Por Adriana Dias Estudo a extrema-direita há mais de treze anos. Acho que posso dividir algumas observações com vocês, portanto, para ajudar a pensar a questão. Nos EUA, ela se assenta sobre a radicalização extremista, fanática, de quatro elementos fundamentais: o racismo, a religiosidade baseada em discurso de ódio (obviamente há outros tipos de religiosidade, já escreveu Gilbert Keith Chesterton que os EUA é uma nação com alma de Igreja), a paranoia e o individualismo desenfreado. No Brasil, percebo mais três elementos complicadores na extrema-direita: o primeiro salta aos olhos: o desejo de ser colonizado pelos EUA, de virar o 51º Estado, ou de pelo menos construir um puxadinho do Brasil em Miami. É impressionante como as #miga da elite amam a Quinta Avenida em New York, gente. Comprar em dólar deve ser a única forma de orgasmo que as moças conseguem, não é possível. O segundo elemento é o que uso dos substantivos gentílicos (e dos adjetivos pátrios correspondentes), no Brasil, denunciam: uma espécie de Nordestinofobia. De vez em quando aparece sim um surto contra latino-americanos ou oriundos de países africanos ou asiáticos pobres, mas a Nordestinofobia da elite é de colocar no chinelo muito membro da Ku Klux Klan nazificada. Para quem não sabe, depois de 1960, elas todas (porque tem mais grupo de Ku Klux Klan nos EUA do que liga amadora de golfe) foram se nazificando e agora estão totalmente nazificadas: desejam a morte de negros, sim, e o judeu virou alvo também: falam de Hitler e seus oficiais como herói, distribuem os livros antissemitas de Lutero e Ford, negam o Holocausto, e muito mais. Mas, perto do que o desejo gregário da extrema direita brasileira deseja fazer com o nordestino, eles são moderados. Depois de perderem as eleições porque o Nordeste segue como sendo o inverno russo do Golpe...  Gente!!!!!! Despejaram seu ódio facínora do Nordeste expressando nas redes sociais seu desejo de criar um genocídio lá, fosse com bombas ou com armas biológicas (sim teve isso também). Aliás, isso serve também para os pobres e a periferia, que são em suas mentes doentias, o Nordeste de cada cidade... O terceiro é a incapacidade argumentativa. Os neo-nazis americanos são cheios de ódio, mas, como argumentam!!!!!!!! Argumentam até contra si. Aqui, a extrema direita ou repete como papagaio os zurros e ornejos (não encontro, de verdade nenhum substantivo para utilizar no caso em questão) do Plínio Salgado reloaded, o Olavo de Carvalho, ou entra na turma do porque eu querooooooooooo! Porque siiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmm! E grasnam. Obviamente, isso torna a nossa extrema direita mais violenta, mais complexa e mais difícil de ser redemocratizada. Acredito que uma parte dela possa ser, por programas educativos, culturais e sociais. É preciso pensar nessa questão. Foto de capa: Tasso Marcelo / Fotos Públicas
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