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Gritos contra os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos investigados pelo STF, não causavam a mesma comoção no protesto
Por Redação
Várias pessoas com as camisetas da CBF – cujo presidente e dois ex-presidentes são investigados por corrupção, um deles, inclusive, o ex-governador de São Paulo José Maria Marin segue preso nos Estados Unidos – seguiram pelo Metrô do Rio para a orla de Copacabana para participar dos protestos contra a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Apesar de o discurso ser contra a corrupção, o foco dos gritos e cartazes era o PT e seus líderes. Alguns manifestantes que tentaram palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – alvo de inquérito por corrupção do Supremo, além de ser investigado por outros crimes, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas – não conseguiam a mesma ressonância.
O mesmo aconteceu com gritos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado. Líderes da oposição citados em outros casos de corrupção – caso do presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), alvo de dois inquéritos no STF – ou mesmo nas delações da Operação Lava Jato – como o ex-presidenciável tucano Aécio Neves (MG) – não eram lembrados pelos manifestantes.
Entre os camelôs, a preferência por Lula e Dilma como alvos ficaram claros. Além de faixas favoráveis ao impeachment, vendidas por R$ 5, fizeram sucesso os bonecos dos dois petistas como presidiários, oferecidos a R$ 10 a unidade.
Um avião contratado pela Frente Brasil Popular exibia uma faixa com a mensagem “Não Vai Ter Golpe” e provocava as vaias dos manifestantes sempre que cruzava a orla.