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Líder do “Cansei”, empresário é apoiado pelo governador Geraldo Alckmin na disputa pelo governo de São Paulo e já vinha sendo acusado pelos adversários dentro do PSDB de compra de votos
Da Redação
Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, o empresário João Doria voltou a ser acusado de pagar para conseguir apoiadores na prévia que vai decidir quem vai ser o candidato de seu partido à sucessão do prefeito Fernando Haddad (PT). Dessa vez, a denúncia surge graças a um áudio em que seu principal aliado na zona leste da capital paulista admite a prática. “Ninguém quer sair de casa para votar no Doria, por exemplo. Quem é Doria? Vai tomar no c…!”, diz Anderson Silva Carvalho, o Celebridade.
Líder do fracassado movimento “Cansei” – que usou, em 2007, o acidente aéreo da TAM para fazer campanha contra o então presidente Lula a pretexto de combater o “caos aéreo” e a “corrupção” – Doria é o candidato oficial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Prefeitura da capital paulista. A disputa entre os tucanos está marcada para o próximo domingo (28/02).
Celebridade organizou encontros da campanha de Doria na zona Leste e se vangloria de controlar diversos diretórios zonais na região. “O cara não tinha um diretório na zona Leste. De Vila Prudente até Vila Matilde é meu”, se vangloriou Celebridade, que também justificou os pagamentos. “Tenho filho, tenho que cuidar dos meus filhos. Porque chega de ficar pensando no PSDB, né, mano? O PSDB suga a gente e não dá porra nenhuma”, diz a um interlocutor não identificado.
À Folha de S.Paulo, Doria afirmou, por meio de uma nota, que sua campanha paga apenas “reembolsos de despesas de alimentação e transporte” a seus colaboradores. No começo do mês, o vereador Adolfo Quintas – apoiador da pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo, ligado ao senador José Serra – já havia acusado Doria de compra de votos, mas não havia apresentado provas de sua denúncia.
Com informações da Folha de S.Paulo