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O presidente da Câmara dos Deputados foi notificado nesta terça-feira (16) pelo STF sobre pedido de afastamento de seu mandato feito em dezembro do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot; a partir deste aviso, começa a contar o prazo de dez dias para defesa
Por Priscila Manezotti, na EBC
O Supremo Tribunal Federal notificou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre o pedido de afastamento dele do mandato, feito em dezembro do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à Suprema Corte.
A partir deste aviso, começa a contar o prazo de dez dias para defesa. O advogado de Cunha, Antônio Fernando, negou ter conhecimento sobre a notificação e mantém em segredo qualquer estratégia de defesa.
Eduardo Cunha é acusado de usar o cargo de presidente da Câmara para intimidar parlamentares e cometer crimes. Ele responde a três inquéritos oriundos da Operação Lava Jato, que tramitam no Supremo. Segundo Janot, as acusações são reforçadas pelas delações premiadas de réus da Lava Jato, além das buscas apreensões feitas na residência oficial de Cunha em Brasília e na casa dele no Rio de Janeiro.
Eduardo Cunha nega todas as acusações e tem evitado falar sobre processos que tramitam contra ele no STF, como o que investiga a existência de contas secretas mantidas pelo deputado na Suíça para receber dinheiro de origem ilícita.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil