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O presidente do PT disse ainda, em entrevista ao Estadão, que a relação que Lula teve com as empreiteiras é pública. “Ele ajudou de forma legítima para que estas pudessem ter contratos no exterior gerando empregos e divisas para o Brasil”.
Da Redação com informações do Estadão
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defende que a candidatura do ex-presidente Lula seja lançada imediatamente, a fim de "tentar barrar" a eventual interdição da disputa, uma vez que Lula é réu em cinco processos. Em entrevista ao jornalista Ricardo Galhardo, do Estado de S.Paulo, ele também sai em defesa dos atos de Lula em favor de empreiteiras: "ajudou de forma legítima".
"A relação que ele teve com as empreiteiras é pública. Ele ajudou de forma legítima para que estas pudessem ter contratos no exterior gerando empregos e divisas para o Brasil. Fez palestras para essas empresas, todas declaradas e comprovadas", diz Rui, para quem essa relação entre Lula e as empresas não incomoda o partido.
Sobre a candidatura de Lula, declara: "A melhor maneira de tentar barrar essa interdição é colocar publicamente para a população a pré-candidatura do Lula com um programa de reconstrução da economia nacional. Porque assim ficará muito claro para a população qual o objetivo dessa perseguição. Aí não será mais um eventual pretendente. Será a interdição de alguém que se coloca publicamente como candidato".
Em relação à necessidade de uma autocrítica no partido, ele diz: "Precisa ver o que necessariamente é autocrítica e para quem você faz. O reconhecimento de que há várias práticas equivocadas no interior do PT a gente tem que corrigir internamente. O congresso é o momento para dosar e medir que tipo de balanço você faz".
Pela primeira vez, Rui Falcão defende que haja investigação interna no partido para apurar atos de José Dirceu e Antonio Palocci, acusados de corrupção e presos pela Lava Jato. "Primeiro, em relação a quem está preso, nós não queremos agravar a situação de ninguém instituindo um tribunal para julgá-los agora. Segundo, temos mecanismos internos, comissão de ética, uma corregedoria, para avaliar comportamentos de filiados dentro das nossas regras com direito de defesa, contraditório, no devido processo legal do PT", afirma.
"Vamos dar o direito de defesa a todos companheiros que são acusados sem provas, através de delações, de terem comportamento incorreto. Não só a Zé Dirceu e Palocci", acrescentou. "Eles terão oportunidade de se manifestar e nós vamos ouvi-los como em todas as averiguações internas que se faz", disse.
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