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Não escapa um da alta cúpula do governo, a começar pelo próprio presidente Michel Temer. A bola da vez é o Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O político do PMDB teria recebido R$ 1 milhão da empreiteira pelo caixa dois.
Da Redação
Eliseu Padilha, Chefe da Casa Civil do Governo Temer, aparece em planilha de pagamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. De acordo com o documento, que foi apreendido pela PF na casa da ex-funcionária da empresa, Maria Lúcia Tavares, o valor do pagamento a Padilha é de R$ 1 milhão.
Esta é mais uma das revelações de pagamento de propina da delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho envolvendo a alta cúpula do governo. Ele afirma que o dinheiro doado ao PMDB foi destinado a Paulo Skaf (R$ 6 milhões) e a Eliseu Padilha (R$ 4 milhões).
Na planilha aparece o codinome “Angorá”, usado pela empresa para se referir a Moreira Franco. Segundo a Odebrecht, os dois se confundiriam nos mesmos papéis. Sobre isso, Cláudio Melo explica: “No caso em concreto, o codinome utilizado pelo setor de operações estruturadas para definir Eliseu Padilha nesta operação financeira foi ‘Angorá’”.
Segundo o delator, o total de R$ 10 milhões de doações para o PMDB teria sido pedido em 2014 pelo presidente Michel Temer, o que o Palácio nega. Contribuições oficiais da Odebrecht ao PMDB em 2014 totalizaram R$ 11,3 milhões, pagos entre 5 de setembro e 23 de outubro.
Circularam na tarde de ontem em Brasília boatos de que Padilha também renunciaria, mas ele desmentiu dizendo que não deixaria Temer na mão.