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Em sua delação premiada, Claudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht em Brasília, apresentou um email de Marcelo Odebrecht (MO) para comprovar que os R$ 10 milhões pedidos por Michel Temer à empreiteira no Jaburu foram propina.
Da Redação com informações do 247
O Delator da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, apresentou email que prova pedido de propina de Temer à Odebrecht. A situação do presidente, que já não era boa, tende a se agravar cada vez mais à medida que detalhes dos fatos revelados por Melo Filho vão surgindo. Já há gente de grosso calibre apostando que Governo Temer não chega até o natal. Renúncia seria a única saída.
O email diz que Temer, tratado como “MT”, pediu R$ 10 milhões à Odebrecht em pleno Palácio do Jaburu, que teriam sido entregues parcialmente, numa mala de dinheiro, a seu melhor amigo, Jorge Yunes, que é também tido no mercado como seu parceiro em empreendimentos imobiliários (saiba mais aqui), o Palácio do Planalto reagiu com a seguinte nota:
O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente.
A Odebrecht, no entanto, sustenta que os pagamentos a Temer saíram do departamento de propinas da empreiteira. Eram contrapartidas por favores governamentais, ou seja, propina. O email de Marcelo Odebrecht, o “MO”, a seus executivos, apresentado pelo delator diz: “Depois de muito choro, não tive como não ajudar”. Marcelo acrescenta ainda que este seria o último pagamento ao "time de MT", Michel Temer.
Dos R$ 10 milhões, R$ 6 milhões teriam sido destinados à campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo. Os R$ 4 milhões restantes teriam sido distribuídos a Eliseu Padilha, Yunes, o amigão de Temer, e a Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.
Ao formular perguntas a Temer, sua testemunha na Lava Jato, Cunha quis questioná-lo sobre esse pagamento da Odebrecht a ele, via Jorge Yunes, mas o juiz Sergio Moro vetou as questões.