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Em coletiva, convocada em pleno domingo, ao meio-dia, os presidentes da República, Câmara e Senado disseram que não vão anistiar crimes eleitorais, mas que meta é aprovar os projetos do governo de ajuste e reformas da previdência e trabalhista. Sobre crise política, Temer diz que gravação é gravíssima.
Da Redação
O presidente da República, Michel Temer, concedeu entrevista coletiva neste domingo (27), ao lado dos presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Rodrigo Maia. O objetivo era falar sobre a anistia a caixa 2, mas, inevitavelmente, a crise política com a demissão, nesta semana, do ministro Geddel Vieira Lima foi pauta.
Temer foi questionado sobre a gravação que o ex-ministro Marcelo Calero diz ter, onde Temer pressionaria para a liberação da obra de prédio em Salvador. “Com toda franqueza gravar clandestinamente é algo indigno e gravíssimo. Se gravou espero que venha a luz. Pois os senhores sabem sou cuidadoso com as palavras”, disse Temer.
O presidente afirmou que o que estava fazendo era “arbitrar conflitos”. Porém, repórter da BBC questionou se Temer não estaria arbitrando sobre conflitos particulares de um ministro. “Vou consertar sua pergunta. Estava arbitrando o conflito entre o Iphan da BA e o Iphan nacional. Não estava patrocinando qualquer interesse privado”, negou.
Sobre a anistia a caixa 2, Temer afirmou que há um acordo institucional para isso. “Seria impossível o Presidente da República sancionar uma matéria dessa natureza. Conversamos e acordamos todos que não há a menor condição de levar adiante essa matéria”, disse Temer.
Segundo Calheiros, todas as energias estarão voltadas para as “matérias econômicas”, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os investimentos públicos para os próximos 20 anos.
Maia afirmou que houve “uma confusão nesse debate e que a prioridade é conseguir votar as 10 medidas contra a corrupção na terça-feira (29).
Segundo Temer, o motivo da convocação da coletiva, foi que o governo atendeu “aquilo que se chama a voz das ruas”.