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Pressão do presidente para que Calero encontrasse “saída” para defender interesse privado de Geddel é considerada crime de responsabilidade, argumentam parlamentares da oposição
Da Redação
Em vídeo, publicado em sua página no Facebook, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que irá protocolar pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. Segundo o senador, Temer cometeu crime de responsabilidade ao pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero a liberar a construção de um prédio de 30 andares, em Salvador, contrariando decisão do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
Nesta quinta-feira (24), Calero disse à Polícia Federal que Temer o pressionou para que ele liberasse a obra embargada. Marcelo Calero pediu demissão do Ministério da Cultura, alegando que estava sofrendo pressão por Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo.
“Estamos estudando quem fará esse pedido. Serão duas ações, uma é o pedido de impeachment, por crime de responsabilidade, outra é a infração penal comum, na Câmara dos Deputados, que será julgada pelo STF”, disse Lindbergh Farias.
Para o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), “caso confirmadas as denúncias de Calero, Temer praticou crime de responsabilidade previsto na Lei 1079/1950, a lei do impeachment”.
“Se isso não for razão para impeachment, nada mais é. O presidente da República se envolveu diretamente em um negócio ilícito e privado de um ministro seu. Isso é crime de responsabilidade na veia”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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