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Por Renato Rovai
O ministro Geddel Vieira Lima é unha é carne com Temer. É do grupo que trabalhou diuturnamente para derrubar Dilma e levar o vice a assumir a presidência.
Como também é e era Romero Jucá, que deixou o ministério do Planejamento quando do vazamento dos áudios feitos pelo ex-senador Sérgio Machado.
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Em grupos com esse nível de fidelidade, todos sabem que não há espaço para pequenices. Quando alguém é pego, não pode se negar a entregar a cabeça para salvar a de quem está em cima na hierarquia.
Foi o que Jucá fez. É o que Geddel acaba de fazer.
O governo Temer perde seu sexto ministro em seis meses. Boa parte tendo saído por problemas éticos e relacionados à corrupção.
A gravação de Calero, que está com a PF, pode ter potencial para ainda derrubar Eliseu Padilha. E deixar o próprio Temer em maus lençóis.
Na bolsa de apostas de Brasília a discussão não é mais sobre a recuperação da economia em 2017, mas se o governo Temer consegue terminar 2018.
Hoje há mais gente prevendo seu fim antecipado do que ao contrário.
Outra pergunta que muita gente está se fazendo em Brasília é: Calero, que é do PSDB, agiu sozinho? Fez tudo apenas por indignação? Ou essa denúncia já fazer do jogo da eleição indireta no começo do ano que vem?
PS: Geddel não tem mandato. Se Moro quiser investigá-lo, pode fazer à vontade. Aliás, ontem Cerveró disse não ter informação alguma sobre interferência de Lula na Petrobrás. E que respondia exatamente a ele, Geddel.