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Senador tucano é acusado de manipular dados da instituição financeira durante CPI
Por Redação
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deverá ter a investigação que corre contra ele ampliada. O aprofundamento da apuração foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Mendes pede que sejam apresentados pelo Banco Rural todos os documentos impressos e eletrônicos que tenham sido encaminhados para a CPI que avaliava a participação do senador em uma suposta maquiagem de dados para esconder a existência do chamado "mensalão tucano". A decisão foi publicada nesta terça-feira (18), mas assinada no último dia 4.
"Expeça-se ofício ao liquidante do Banco Rural para que encaminhe todos os expedientes, mídias com arquivos eletrônicos ou extratos e demais informações enviadas a CPMI dos Correios ou ao Banco Central atendendo à solicitação da CPMI dos Correios, em resposta às requisições de quebra de sigilo bancário, assim como ofícios de solicitação de prazo para atendimento a tais requisições.”Acredita-se que Aécio teria adulterado dados do Banco Rural que foram encaminhados para a CPI dos Correios, que, na época, era presidida por Delcídio do Amaral. Ele teria tentado, com ajuda de outras pessoas, levar o presidente da Comissão a prolongar o prazo do pedido de entrega dos documentos. O inquérito se baseia na delação premiada de Delcídio, que afirmou que as informações fornecidas pelo Banco Rural atingiriam Aécio "em cheio" se não tivessem sido manipuladas pela instituição financeira a fim de apagar provas que comprometeriam o tucano. Foto: George Gianni/PSDB