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Em depoimento, os irmãos Milton e Salim Schahin disseram que foram ameaçados de morte por Lúcio Bolonha Funaro, apontado como o “operador" do presidente da Câmara dos Deputados. As denúncias foram registradas em boletins de ocorrência entregues aos investigadores
Por Redação*
[caption id="attachment_77584" align="alignleft" width="346"] Lúcio Bolonha Funaro (Foto: José Cruz)[/caption]
Os irmãos Milton e Salim Schahin, empresários investigados pela Operação Lava Jato, afirmaram a procuradores, em depoimento, que foram ameaçados de morte por Lúcio Bolonha Funaro, apontado como o “operador" do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As denúncias foram registradas em boletins de ocorrência entregues aos investigadores.
De acordo com Salim, as ameaças eram feitas por telefone ou mensagens. Ele firmou acordo de delação e admitiu participação no esquema de desvios de recursos da Petrobras. Funaro, por sua vez, era quem lavava o dinheiro dos negócios ilícitos de Cunha, segundo o Ministério Público.
A transcrição dos relatos de Salim sobre o caso dá detalhes de como ele estaria sendo pressionado. “Funaro certa vez ligou para o depoente, dizendo que sabia onde o filho do depoente morava e onde o neto estudava [...]. Que escutou da própria boca dele que iria arrebentar o carro do [...] depoente e coisas do gênero", revela.
No entanto, mesmo com os indícios de que a empresa dos irmãos Schahin foi vítima de coação, o fato não irá livrá-la da responsabilidade pelos crimes que praticou, conforme documento assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e ressaltado pelos procuradores.
* Com informações da Folha de S. Paulo
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