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Dos 23 deputados federais presentes na relação, 16 apoiaram a emenda que constitucionaliza as doações de pessoas jurídicas a partidos políticos, votada ontem (27) na Câmara dos Deputados
Por Redação*
Dos 23 deputados federais presentes na lista de investigados da operação Lava Jato, pelo menos 16 apoiaram a emenda que constitucionaliza o financiamento privado de campanhas com doações de pessoas jurídicas aos partidos políticos, votada ontem (27) na Câmara dos Deputados.
Entre os nomes que constam na relação, entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF em março, três não participaram da votação – Eduardo da Fonte (PP-PE), Roberto Britto (PP-BA) e Simão Sessim (PP-RJ). Dos outros vinte presentes no plenário, 16 (80%) apoiaram o financiamento empresarial. Entre eles está o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, apesar de não ter votado diretamente a proposta por conta de seu cargo, já havia se manifestado publicamente a favor dela. O peemedebista foi também o principal articulador da "repescagem" que a colocou novamente em votação, mesmo com uma matéria semelhante tendo sido rejeitada na noite de terça (26).
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Com isso, pode-se dizer que no mínimo 65% dos deputados federais investigados por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras votaram pela aprovação das contribuições de empresas a partidos políticos, e que, contando com Cunha, aproximadamente 70% a apoiaram. Segundo especialistas, a destinação de recursos de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais guarda íntima relação com a corrupção, além de potencializar a influência do poder econômico sobre o processo democrático (para ler mais, clique aqui).