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Há um ano o ministro barra a tramitação de ação ingressada no STF sobre a extinção de financiamentos de empresas a candidatos e partidos políticos
Por Redação
Nesta quarta-feira (8), ocorreu mais um protesto em Brasília contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que barra há mais de um ano a tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650, sobre a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
Na manifestação, organizada pelo grupo Avaaz, houve bolo para lembrar a demora. “O ministro deu um bolo na democracia", disse um dos organizadores da manifestação, Michael Freitas, à Agência Brasil.
Mendes pediu vista da ação, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2 de abril do ano passado. Seis ministros já haviam votado a favor da proibição, portanto a Adin já era uma matéria vencida, uma vez que o STF tem, no momento, apenas dez ministros. Movimentos sociais o acusam de atrasar o julgamento para que o Congresso tenha tempo de aprovar a PEC 353/13, que reafirma a possibilidade de empresas doarem a candidatos e partidos (leia mais aqui).
No último dia 1º, a organização Brigadas Populares protocolou no Senado denúncia contra o ministro. A peça encaminhada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pede ainda que Gilmar Mendes seja proibido temporariamente de exercer suas funções e que, eventualmente, seja até condenado a perder o cargo. Na mesma data, houve ainda um escracho contra o ministro.
(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)